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QUINTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2024 - Horário 19:14
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ECO/ PRNewswire - Perspectivas para 2025 do setor de refeições coletivas são mais cautelosas que otimistas

SÃO PAULO, 31 de outubro de 2024 /PRNewswire/ -- Na quarta-feira (30), a Associação Brasileira de Refeições Coletivas (ABERC) promoveu o 2º Seminário ABERC "Novos Horizontes na Alimentação Coletiva: Conhecimento e Transformação". O evento destacou o fortalecimento da imagem do setor e trouxe discussões relevantes sobre a perspectiva econômica para 2025, a escassez de mão de obra e a necessidade de práticas de governança nas empresas familiares, que representam 95% das associadas. O setor de refeições coletivas movimenta mais de R$ 21 bilhões na economia por ano, gera 350 mil empregos diretos e consome 7 mil toneladas de insumos por dia ao alimentar mais de 37 milhões de pessoas em empresas, hospitais, instituições de ensino públicas e privadas, locais remotos (plataformas e sites on e offshore), entre outros.



Segundo o vice-presidente da ABERC, Rogério Vieira, o evento deste ano abordou um tema muito importante para o setor: a governança de empresas familiares. Ele destacou que essa é uma reflexão profunda que os empresários puderam entender como uma forma de melhorar a gestão das organizações.

Sobre o tema, a consultora Geovana Donella, sócia-fundadora da Donella & Partners, trouxe o debate sobre a governança nas empresas familiares. Ela ressaltou que as organizações do setor demandam estruturas de governança que suportem as relações familiares e reduzam conflitos de interesse. Para ela, é essencial ter mecanismos como conselhos e comitês que preservem o legado e organizem a sucessão, preparando as novas gerações de acordo com suas habilidades e valores familiares.

O presidente da ABERC e sócio-fundador da Sapore, Daniel Mendez, ressaltou a importância da associação em defender o setor contra tributações onerosas, o que comprometeria a viabilidade financeira das empresas. Segundo ele, caso a reforma seja aprovada pelo Senado, haverá um aumento de até 28% nos custos do setor. Mendez destacou a necessidade de fortalecer os associados e valorizar o papel da associação no mercado, promovendo o reconhecimento da alimentação coletiva. Além disso, o presidente apresentou a pesquisa  "Panorama da Alimentação no Trabalho", realizada em parceria com o QualiBest, na qual foi mostrado que 78% dos entrevistados que se alimentam em restaurantes corporativos consideram a alimentação um benefício.

Em relação às questões sobre a reforma tributária, o seminário contou com a participação do economista Marco Cintra. Ele criticou a aprovação rápida da reforma, afirmando que mudanças tributárias tão profundas podem gerar incertezas por até uma década. Para ele, ajustes pontuais no sistema atual, como a transferência de arrecadação da origem para o destino, seriam mais prudentes do que uma reforma radical. "Qualquer mudança tributária deve ser realizada com segurança para evitar riscos desnecessários e manter a estabilidade econômica", alertou o economista.

O evento também contou com a apresentação do economista e ex-presidente do Insper, Marcos Lisboa. Durante o painel "Cenário Econômico 2025", ele fez um retrospecto da economia brasileira e mundial nos últimos 40 anos. Além dessa análise, Lisboa destacou a volatilidade da economia do Brasil, que impacta as empresas. O economista também ressaltou a importância da gestão neste momento, que terá o desafio de dosar os riscos com as oportunidades dos negócios.

Fechando o evento, o painel "Apagão de Mão de Obra (dificuldade de contratação) em Determinadas Regiões" reuniu Eliezer Souza, diretor de recursos humanos da ABERC, Flávio Santos, diretor-executivo da WeCanBR Recursos Humanos, Luiz Nascimento, presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Cultural (INDESC), e Rogério da Costa Vieira, vice-presidente da ABERC, que discutiram as causas e soluções para a falta de profissionais para atender às necessidades do setor de refeições coletivas.

Os painelistas concordaram que existem alguns aspectos que dificultam a contratação, como falta de capacitação, deficiência regional e, muitas vezes, a falta de perspectiva desses profissionais em crescer nas empresas. Eles reforçaram a importância de focar na capacitação e no treinamento como pilares fundamentais para compensar esse déficit.

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FONTE ABERC


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